segunda-feira, março 28, 2016

Daninha

Fruir daquele momento para novamente poder existir... nesse chão com passo desatento, finjo me manter fixo ao horizonte, mergulhando num lago, desligando minha fonte, num curto circuito, escurecendo minha fronte. 
           Por mim, seria tudo diferente. Mas para que fingir? Só eu ainda estava contente.
           Em face da minha face, não queria que você chorasse, mas quantas vezes tu realmente se importou, também, com as minhas lágrimas? Agora, não é que quero que se foda, é só que não me importo mais com suas lástimas.

            Me indifere, agora, o seu perdão, pois para ser amado como me amou, melhor ficar inerte, numa banheira de solidão, já que não fiz nada para derrubar lhe a lágrima, mas fez de tudo para que o amor fosse em vão.




Ícaro Leandro Mendes de Souza

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