sábado, janeiro 24, 2015

Bravura do Poeta


Me causam tempestades
Não me deixam fazer as pazes
Toda as horas me lembram que
Com elas não há crase
São agudas sim
Pontudas que entram como agulha
Mas na hora de sair, fazem curva
Como quem fisga no afã de simplesmente nos rasgar.
O homem é peixe que morre pela boca,
O poeta é peixe que costura a boca,
Não só na fúria para mais uma vez abocanhar.
Mas na bravura de mais uma vez poder recitar.

Ícaro L. M. de Souza
10/09/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário