domingo, junho 29, 2014

Analisa-me (Como quem diz a si mesmo)

Quantas vezes nós nos arrependemos das coisas? Quando nos arrependemos vemos o quão orgânicos somos, pois, nesses momentos queremos ser um ser sem vida, um pedaço de plástico, que nunca pensou ou sentiu, que nunca soube se existiu, que nunca se indagou sobre o alheio, sobre o perfeito, sobre o imperfeito, sobre as possibilidades do certo, que nunca escorregou ao dizer dos certos incertos, que nem sequer quis um dia ser um verso a lápis para ser apagado por uma borracha que nunca saberá de si.

Sempre que tomamos e retomamos o nosso ser orgânico de ser, tendemos ao desejo de retornarmos ao vázio, pendemos no desejo de não querer ser.



Ícaro L. M. de Souza