terça-feira, abril 23, 2013

Colocara debaixo do colchão


Quando a minha maior paixão era escrever, era escrever para mim, por mim, quando nada poderia me fazer parar, escrever era pensar, e eu poderia dizer tudo num amontoado de verso, eu poderia dizer a razão pela qual excesso de razão me mata, eu poderia dizer o quanto os sorrisos eram preciosos para mim, sendo os maiores presentes, até os alheios muito me valiam, eu conseguia ter o mundo, ou no menor dos lados prender a atenção do meu mundo.
Um dia eu não tinha mais mundo, eu não tinha mais chão, só me sobrara à paixão… O que fazer? Colocara debaixo do colchão, a fim de ver se ela vinha e acabava com aquela solidão.
Ninguém precisa saber os meus motivos, ou se eles são concisos, não queria que julgassem qual seria a melhor forma deu esquecer aquela minha loucura, ou aquela paixão, porém, acabou que debateram sem mim a minha decisão, pontuaram os melhores métodos deu esquecer os meus laços, senti-me roubado. Um poeta é só um tolo a ser largado, mas isso não o tira a autonomia, por mais que sejam versos pobres, por mais que sejam só versos… Os ricos versos baratos voltaram a ser somente baratos.


Ícaro Leandro

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