sábado, maio 19, 2012

Constante tempo que me acaba

O constante tempo que não para de passar,
O constante momento que sei que prossigo para a morte,
O constante tempo que nunca acaba,
Mas que me acaba,
O constante tempo longe dos meus melhores amigos...

Motivos sortidos me engoliram nessa tarde,
Dilacerado?
Só?
A depressão de um jovem velho
Com motivos porcos para os outros,
Porcos porque não são deles...

A vida curta que se acaba,
Envolvida num suicídio prolongado,
Em fases,
O suicídio de uma vida,
Essa existência tem uma melodia fúnebre,
Nem no principio foi alegre,
Nascer para sofrer,
Não é esse meu objetivo,
Mas é esse o meu fato diário perturbador...
A dor engulo a seco,
Mas a vida é banhada em lagrimas.

Sou só mais um numero,
Largado a sós,
Meu nome não se le no plural,
E sim no singular de uma existência vazia.

No sol mais quente,
Sinto o frio dá solidão.
Rodeado de irmãos que me cercavam,
Porém todos nós seguimos caminhos distintos
Ditados pelos fatos,
E hoje somos só mais alguns abandonados.

Ícaro Leandro

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